Hérnia é a protusão (saída) de parte do conteúdo intra-abdominal (tecido adiposo, alças de intestino grosso ou intestino delgado) através de um orifício (fraqueza) na parede abdominal.
Tipos da Hérnia Inguinal
– Inguinal: mais comum (na virilha);
– Femoral: logo abaixo da virilha;
– Umbilical: na cicatriz umbilical;
– Epigástrica: acima do umbigo;
– Incisional: nas cicatrizes de cirurgias anteriores.
Fatores de risco da Hérnia Inguinal
– Idade: mais frequente no recém-nascido por um defeito congênito (de nascença) e nos idosos por enfraquecimento dos tecidos (músculo) da parede abdominal.
– Homem: mais frequente no sexo masculino do que no feminino.
– Doenças associadas: a hérnia inguinal é mais frequente em trabalhadores braçais e em pessoas que têm algumas doenças, constipação intestinal crônica, obesidade, tabagismo, doenças da próstata, do pulmão, coração ou fígado. Estas doenças geralmente aumentam a pressão intra-abdominal facilitando a ocorrência das hérnias.
Sintomas da Hérnia Inguinal
– Saliência ou abaulamento na região inguinal (virilha) ou no abdome, que se torna mais evidente quando a pessoa tosse, ergue peso ou faz força.
– Dor fraca ou até forte quando fazem esforço físico excessivo.
Diagnóstico da Hérnia Inguinal
– Exame clínico: o exame da região inguinal pelo médico é suficiente para estabelecer o diagnóstico de hérnia em praticamente todos os pacientes. É sempre importante examinar a região inguinal em ambos os lados, pois não é rara a ocorrência de hérnias bilaterais (10%), mesmo sem sintomatologia.
– Ecografia: pode ser utilizada em casos duvidosos ou para descartar outras doenças.
Complicações da Hérnia Inguinal
– Encarceramento: ocorre quando o intestino fica retido no interior do saco herniário, não podendo mais retornar para a cavidade abdominal.
– Estrangulamento: ocorre quando uma hérnia encarcerada sofre diminuição da circulação sanguínea por estrangulamento, o que pode acarretar a necrose do segmento de alça intestinal que estiver retido na hérnia. Essa complicação pode ocorrer tanto em pessoas com hérnias pequenas até aquelas que apresentam hérnias volumosas por longos períodos. O estrangulamento provoca cólicas, distensão abdominal e o aumento da dor com a progressão do quadro.
Tratamento da Hérnia Inguinal
A única forma de tratamento de uma hérnia é cirúrgica. Todas as pessoas com hérnia inguinal, independente da idade, devem ser operadas, com exceção dos que têm outras doenças graves e que apresentam risco cirúrgico elevado.
O uso de cintas, suspensórios ou fundas é desaconselhável, podendo mesmo ser prejudicial pela compressão inadequada da porção intestinal que estiver no interior do saco herniário.
A cirurgia pode ser realizada aberta ou por videolaparoscopia (cirurgia dos furinhos). Em ambas as técnicas são utilizadas telas para correção. A videolaparoscopia é considerada a principal técnica para o tratamento das hérnias inguinais.
Vantagens da videolaparoscopia
– Pouca dor pós-operatória;
– Incisões mínimas;
– Risco de infecção desprezível;
– Retorno precoce as atividades.