A técnica é realizada por endoscopia e possibilita a realização de suturas (costuras) sobre o trato digestivo. Já em uso nos EUA e Europa há mais de 5 anos, chegou ao Brasil ao final de 2016.

Estima-se mais de 5000 mil casos realizados em todo o mundo, incluindo sutura gástrica primária, revisão endoscópica de cirurgias bariátricas prévias e como suturas digestivas após procedimentos endoscópicos invasivos (não relacionados com a obesidade).

Pode ser utilizado para diversas finalidades:

  1. Redução volumétrica do estômago por endoscopia (ENDOSUTURA GÁSTRICA);
  2. Revisão endoscópica de cirurgias bariátricas (Bypass Gástrico ou Sleeve Gástrico) – evitando uma nova cirurgia em casos de reganho de peso;
  3. Suturas digestivas (gástricas e colônicas) após procedimentos endoscópicos intervencionistas, correções de fístulas digestivas, dentre outras;

Endosutura Gástrica Endoscópica

Trata-se de uma procedimento endoscópico que permite a redução do volume do estômago (não operado). Não é considerada uma cirurgia bariátrica (gastroplastia), mas ganhou erroneamente essa conotação pela sua semelhança com a gastrectomia vertical (Sleeve). Porém seus resultados são mais modestos que as gastroplastias cirúrgicas, mas superiores ao balão intragástrico.

Como funciona?

A ideia é reduzir o volume do estômago através de costuras realizadas de forma totalmente endoscópica através da sutura endoscópica. O objetivo é reduzir a quantidade de alimentação e aumento da saciedade dos pacientes.

Vantagens:

  • Menos invasivo e sem incisões cirúrgicas;
  • Procedimento com duração média de 50 minutos;
  • Alta hospitalar no mesmo dia;
  • Menor risco de complicações;
  • Perda de peso superior aos tratamentos clínicos disponíveis e superior ao balão intragástrico;
  • Procedimento reversivel.

Desvantagens:

  • Não é uma cirurgia bariátrica e apresenta perda de peso inferior ao Bypass Gástrico e pouco abaixo da Gastrectomia Vertical (Sleeve);
  • Sem cobertura pelos planos de saúde;
  • Custo elevado (comparável às cirurgias bariátricas).

Indicações:

  • IMC entre 30 e 40 Kg/m2;
  • Idade superior a 18 anos;

Pode ser realizado em qualquer grau de obesidade, se não houver contraindicações clínicas, e em acientes que tiveram falha no tratamento clínico ou que já tentaram outros métodos sem sucesso ou com recuperação do peso.

Resultados:

O índice de perda média, verificado em estudos já realizados, é de 20-25% do peso total inicial e sustentado por até 2-3 anos.

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