Após a cirurgia bariátrica, em torno de 10% dos pacientes voltam a ganhar peso. Popularizada como reganho de peso, na verdade o nome correto é recidiva da obesidade, uma vez que a obesidade é considerada uma doença crônica. A recidiva da obesidade é multifatorial, pode ocorrer por problemas anatômicos (na cirurgia) ou por problemas comportamentais, ou seja, uma alimentação inadequada, problemas emocionais, falta de atividade física ou excesso de ingesta alcoólica.
O primeiro passo no paciente que voltou a ganhar peso, é identificar a causa. Nestes casos temos por hábito fazer exames que mostram como está a cirurgia realizada. A endoscopia irá mostrar se existe alguma alteração na parte interna do estômago. É importante também estudar a forma como se encontra o estômago. Se utiliza frequentemente o raio-x contrastado do estômago para analisar como está o tamanho gástrico. Nós temos optado em estudar a anatomia do estômago através da tomografia com reconstrução em 3D em conjunto com a volumetria, que como o nome diz, mede o volume do estômago. Com este exame temos a exata noção do tamanho do estômago e consequentemente conseguimos planejar o melhor tratamento.
Tomografia em 3D de um Sleeve
Tomografia em 3D mostrando o volume de um bypass, com hérnia de hiato associada.
O tratamento da recidiva da obesidade passa incialmente pela avaliação nutricional e psicológica. Pode-se associar alguns medicamentos na tentativa de voltar a perder peso. Em pacientes submetidos a Bypass gástrico e com anastomose gastrojejunal alargada, uma boa opção é o plasma de argônio. Procedimento endoscópico com excelentes resultados em resgatar o paciente.
Nos pacientes com alterações antômicas importantes com fístula gástrica, aumento do estômago e outras alterações, muitas vezes só resta uma nova cirurgia.